O Xaxado Novo resgata uma formação tradicional do baião para homenagear grandes mestres da cultura popular brasileira, e propõe um passeio musical pelas diferentes culturas que contribuíram para a formação da música nordestina, como os povos ciganos e árabes.
Como já dizia Luiz Gonzaga - ícone máximo do forró e principal influência do grupo - antes da sanfona chegar no sertão os forrós eram feitos com a rabeca. Para valorizar essa tradição, o Xaxado Novo opta por utilizar o instrumento, originário do rebab árabe, que se difundiu no Nordeste no século XVIII. Além disso, inova em sua instrumentação ao incluir o souzafone, o surdo de samba e o davul - tambor de origem oriental semelhante à zabumba, muito utilizado nas festas populares do leste europeu.
As apresentações do Xaxado Novo são únicas, não apenas pela originalidade dos arranjos, mas também pelas performances e interações com o público. Formado em 2013 por músicos pesquisadores das culturas tradicionais, o “bando” apresenta elementos do imaginário popular brasileiro em seu figurino, cenografia e sonoridades, fazendo referência à estética dos caboclos, vaqueiros e cangaceiros.
Em suas pesquisas, que vão desde antigos temas de sanfonas de oito baixos até o sistema musical das escalas orientais (makams), passando pela dança do xaxado, popularizada pelo bando de Lampião, o Xaxado Novo funde ancestralidades e experimentações, retratando o que há de melhor na cultura brasileira de forma genuína e cativante.
Lançou em 2016 seu primeiro álbum “Sertão Cigano”, com músicas próprias e releituras de composições de João do Vale, Trio Nordestino e Antônio Barros. O grupo se prepara para lançar em 2018 o CD “Xaxado Novo Ao Vivo”, gravado no Auditório Ibirapuera, com participações de Ricardo Herz, Gabriel Levy e Orkestra Bandida.
Forró tradicional | Forró de Rabeca e Pífano